A complementaridade

Olhar para cima é um exercício difícil de executar consistentemente.
Umas vezes porque não nos lembramos, outras vezes porque não conseguimos, e outras ainda porque não encontramos razões para o fazer.
Ontem aprendi que existe um valor de incalculável satisfação interna quando, em momentos que nos sentimos sós na procura de soluções, dirigimos o olhar para cima e observamos o 'céu' que nos alicerça superiormente.
O meu céu capelino é quase indescritível. Como o teu, seguramente, se já o experimentaste...
Mesmo assim, gostaria de lhe dar alguma visibilidade pelo verbo: é repleto de estrelas, algumas bem humanas (outras nem por isso, embora desconfie que vivem em secreta parceria amorosa), vários 'holofotes' de luz clara que espraiam os seus braços ligando as ditas estrelas, cascatas/emoções que alimentam lagoas tornadas translucidas e muitas, muitas árvores. Ou uma espécie de árvores...
Detenho-me aqui um bocadinho, infinito, para reforçar que reaprendi ontem o valor incalculável de cada uma das árvores que habita no meu céu... Sobretudo, lembrei-me que as douradas raízes e os frutos de cada um de nós está disponível para quem deles quiser alimentar-se. E essa é outra prática difícil de manter: a de 'apenas' existir, sem expectativa de retorno, e deixar que o coração toque e se deixe tocar, indelével e incessantemente, no e pelo coração das outras árvores.
Hoje, só por hoje, vou lembrar-me!
Árvores são poemas que a terra escreve para o céu. Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio.... Frase de Khalil Gibran.

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