Hoje, quais são as tuas histórias reais?

As manhãs e dias cheios de dúvidas também podem ser enternecedores. As clínicas, os hospitais e os cafés são locais onde isso tudo acontece, às vezes num relâmpago em que o coração vibra e tudo pára no instantâneo.
Servem, digo eu, para testar o quanto somos capazes e estamos preparados (como se pudéssemos estar preparados para a surpresa da vida real) para nos integrarmos na relação... connosco próprios.

Hoje tem sido assim. Uma mulher invisual que tem de fazer exames médicos e que se faz acompanhar pela única pessoa disponível: o taxista que a transportou até ali; 
outra mulher, diabética, e mãe de 13 filhos - actualmente apenas de 11 dado que dois morreram tragicamente - que se questiona sobre a utilidade da sua existência; 
um homem/rapaz, que acompanha a sua mãe - adivinho que ainda a única mulher da sua vida  - e indaga sucessivamente sobre o conforto da cadeira onde ela aguarda e se as dores estão mais calmas, recostando-se ele próprio depois das respostas afirmativas;
na pastelaria, dois paramédicos tomam o seu café, apesar de tudo optimistas porque o seu dia está quase a acabar, depois de uma noite bem difícil;
e, por fim, o presente do nascimento de um bebé Gabriel que assume contornos de esperança e reforço dos novos tempos bem aventurados!
Logo à noite, ao colocar a cabeça na almofada, saber-me-ei mais rica pelas experiências, minhas e de quem comigo se cruza.
Hoje, quais são as tuas histórias reais?

Comentários

  1. Fazer muitos kms de carro durante a hora de ponta... Já não fazia este exercício há muitos anos e relembre a fadiga e a exaustão que tanta gente consigo carrega quando ainda mal amanheceu...
    Felizmente apareceram uns raios de sol, só para (me) lembrar de sorrir!

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Terra para aprender e ensinar

O que se vê desta nuvem branca

Regresso à mulher que sou, depois do silêncio