Agredidos e agressores, fora e dentro

A agressão é, por si própria, uma condicionante à liberdade individual e à leitura do que nos faz sentir ou ser livres ou, pelo menos, com poder de escolha que preserve a integridade pessoal.Quer venha ela - a agressão - de um factor interno ou externo, perceber como é que opera em nós a vontade do outro ou os nossos sentimentos de auto culpabilização, auto censura, auto sabotagem, auto desamor na condução do nosso dia a dia, parece-me ser importante.E é importante porque, a partir desse instante, será possível estancar uma e outra posição, observar, e enquadrá-las numa zona de escolha com determinadas condições e parâmetros.Com a vida e a observação das relações, vem muitas vezes à minha 'mesa' a velha questão que relaciona a vítima com o masoquista e o agressor com o sádico.Embora a co-relação dos termos seja dura, o movimento que encerra a mera observação dessa possibilidade pode ser um ponto de partida para quem não deseja ser uma coisa e outra.Como agredimos ou permitimos que nos agridam, dentro e fora? Que fantasmas e medos deixamos que aflorem em nós quando iniciamos o espernear em relação ao factor que nos agride? E, sobretudo, o que fazemos com esse sentir?Sabem que gosto de fazer perguntas...

Comentários

  1. E eu cá gosto de dizer coisas, como sabes! :-)
    Ponho-me a pensar na minha vidinha e nos variadíssimos episódios que precederam este instante e concluo que em todos eles fui actriz principal, naqueles que agredia e nos que me deixei agredir e sinto-me confortável com esse pensamento... Não foi fácil (nunca é fácil quando estamos no olho do furacão discernir sentimentos e pensamentos), mas olhando para trás, foi assim.
    Devo ter adquirido um qualquer sistema de conforto interno que me diz que se for eu, está tudo bem! E aceito e permito-me falhar outra vez. Mas falhar melhor, caramba! Espero sempre ter aprendido qualquer coisinha!
    Agredimos porque temos medo e deixamo-nos agredir porque temos medo. Que medo é esse? Ui.... Tanta coisa... Atrevo-me a nomear um: o desconhecido, o desconhecimento do que aí vem é tramado. Mas também é a beleza da vivência, né?

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