Terra para aprender e ensinar
A (T)terra ensina constantemente. Ao aprendermos e ao ouvirmos sintonizadamente, é super engraçado encontrar as analogias que nos permitem observar em cima o que é em baixo. E vice versa. A minha sogra é uma mulher da terra. E como eu gosto de mexer, plantar, colher, regar, ela é responsável por me manter atenta ao que faço, com o objectivo de receber o melhor do solo. Embora nem sempre fácil na gestão dos temperamentos (reforce-se: meu e dela), também hoje aprendi algo novo. Observem: ao levantar a rama da cenoura da terra, comentei que grande parte do legume vinha incerta na sua forma, pouco erecta e, por isso, muito difícil de descascar. E algo fibrosa. Isto aconteceu, contou-me, porque ela plantou e não semeou a cenoura. E plantou porque tinha pressa no seu desenvolvimento, escolhendo colocar na terra pequenas cenouras ao invés da sua semente, afundando o dedo com a pequenina amostra cor de laranja. Ela ensinou e eu aprendi... Não há pressa para crescer, nem para chegar, nem para
E eu cá gosto de dizer coisas, como sabes! :-)
ResponderEliminarPonho-me a pensar na minha vidinha e nos variadíssimos episódios que precederam este instante e concluo que em todos eles fui actriz principal, naqueles que agredia e nos que me deixei agredir e sinto-me confortável com esse pensamento... Não foi fácil (nunca é fácil quando estamos no olho do furacão discernir sentimentos e pensamentos), mas olhando para trás, foi assim.
Devo ter adquirido um qualquer sistema de conforto interno que me diz que se for eu, está tudo bem! E aceito e permito-me falhar outra vez. Mas falhar melhor, caramba! Espero sempre ter aprendido qualquer coisinha!
Agredimos porque temos medo e deixamo-nos agredir porque temos medo. Que medo é esse? Ui.... Tanta coisa... Atrevo-me a nomear um: o desconhecido, o desconhecimento do que aí vem é tramado. Mas também é a beleza da vivência, né?