Medo é filme de terror?

´Medo' foi sempre uma palavra constante no meu vocabulário interno, embora não a verbalizasse com frequência. Por estes dias ouve-se muito.Medo de ser inferior, medo de não agradar, medo de não ser suficiente e de não ser capaz, do amanhã... Em todos estes movimentos parados, a sensação que tenho  assemelha-se a uma lembrança de filme de terror visto em criança.
Não sei (!) bem porque é que sinto esta metáfora, até porque há muito tempo escolho não ver esse tipo de filmes... Mas cá dentro a memória está fresca e vai fazendo parte de muitas conversas.
Hoje uso-a - tento sempre muito- como um remédio contra a paralisia e preparação para o 'não sei como fazer' ou 'não sei o que sinto sobre isso'. Remédio porque sei que esta noção se aproxima uns passinhos mais da capacidade de reagir ao stop. De assumir o medo como uma reacção natural e até familiar e saber tratar de mim e dos outros quando as pernas bloqueiam ou as palavras não saem.
As relações íntimas são exigentes e por isso o 'medo' e as várias palavras que o descrevem emergem em todos nós nesta fase. Sugiro que as observemos como a um filme que mexe connosco; melhor se for uma comédia,claro! Porque, independentemente das sensações e emoções que sentimos, podemos sempre dizer com amor: 'ainda não sei como reagir a isto'. E esse é o primeiro passo/sinal que damos em direcção ao final feliz do nosso filme. E feliz, sim, porque é um passo de amor!

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