Medo é amor não esclarecido

Ser, Estar, Fazer.
Olhar para dentro é difícil. Anular o ruído à nossa volta tem de ser, muitas vezes, obrigatório. Como uma prescrição médica passada por nós próprios...
A minha experiência conta a história de que é possível estar só com os meus pensamentos, mesmo com muitas pessoas à volta; mas a minha experiência diz-me que, tantas outras vezes, o isolamento é uma porta aberta para desvendar algumas coisas até aí secretas. 
Horas de silêncio e quietude causam estranheza no corpo e na identificação com aquilo que somos. Mesmo sinalizando essas práticas no quotidiano, há uma fronteira temporal singular que nos cabe descobrir. 
Eu experimentei uma espécie de medo/pânico/susto, na última vez que escolhi sair. Uns dias fora do circuito habitual, apenas comigo mesma. Na tentativa de reforçar a minha identidade e associar-me ao meu propósito, encontrei uma espécie de gatilhos que identificam o motivo pelo qual, às vezes, Faço e deixo de Ser. 
E esta imagem de que é obrigatório fazer vem do Medo. Ou seja; do amor não esclarecido. Porque o amor esclarecido sabe que a existência é fundamentada pelas mais elevadas razões, que estamos acompanhados pelo co-habitantes deste sítio, quer os vejamos ou não; que a vida é uma manifestação de infinitas linhas que se cruzam e que cada um de nós configura uma dessas linhas.
E a pergunta é: será que ao Fazer (seja o que for) me aproximo mais de quem Sou? 

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