Qual é a tua receita para a nossa doença?


Há uma suspensão do presente contínuo e de uma visão construída durante décadas e décadas. Estamos habituados a planear, a aceitar o que temos à frente e a lutar tendo em vista um determinado objectivo de subsistência, de apoio, de segurança. As razões de uns e de outros e o mundo visto pelos diferentes olhares  são a porta de entrada para os movimentos que promovemos.
Mas aquela suspensão vem agora mais de cima; dos directores, dos pais, dos professores, dos médicos, dos responsáveis por organizações consideradas idóneas...
E nós não temos, ainda, a capacidade para olhar para este desnorte - às vezes vestido de convicta suposição da razão absoluta - e emitir uma opinião realista e construtiva sobre o que está a acontecer connosco. E fazer alguma coisa! Por exemplo: a epidemia multinome alastra furiosamente, bem como a incapacidade de avaliar se devemos comungar da esperança de uma vacina ou se, antes pelo contrário, nos devemos organizar em sociedade civil responsável e multidisciplinar para avaliar a composição e fundamento da tal 'remédio'.
Pelo mundo fora, a epidemia pode chamar-se 'obesidade', 'desesperança', 'desnutrição', 'xenofobia', 'manipulação' e 'mentira'. Qual é a vacina para estas doenças?
Cada um de nós tem a sua receita e devemos partilhá-la. Começo eu: ouvir quem não tem interesse em ser ouvido, como os cientistas que fogem do status quo, como os agricultores que persistem e renovam ou os protectores dos campos frutíferos, quer sejam eles internos ou externos.
E tu, que receita usas?

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